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Olhando essa mão espalmada,
vê-se uma aliança de ouro,
quase sem brilho, surrada.
Nessa mão que trabalha,
há muito, cansada, nem sequer atrapalha.
Foram momentos felizes
de um passado distante.
Hoje, nessa mão, mesmo fechada,
o que se vê são cicatrizes,
refletidas a todo instante.
Por uma vida a quatro paredes,
tendo o mundo todo lá fora,
deixou que o tempo passasse,
que de tudo se encarregasse.
Acreditou em destino.Viveu, simplesmente...
Mero desatino!
O tempo passou, o coração calejou.
Nenhum sonho sobrou.
Olhando essa mão espalmada,
vê-se uma aliança, bem colocada,
e não se vê o coração
dessa vida, desacreditada!
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