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25 de set. de 2010

 

Hoje
Abrí aquela caixinha onde guardo nossos segredos.
Fazia tempo que não a visitava…
Por puro medo.
Encontrei lá dentro, restos de nós dois.
Relí suas cartas, aquelas que falavam do seu amor,
Onde você descrevia a sua paixão por mim,
E incendiei por dentro por um momento.
Depois encontrei aquele guardanapo
Que num bar certa vez você
Desenhou um coração
E então…
O coração que bate dentro do meu peito,
Bateu insatisfeito.
Remexí ainda mais na caixinha e achei uma flor.
Aquela rosa
Que você me deu no dia que me disse pela primeira vez,
“Eu te amo”

E descobrí que ela secou… Por pura falta de amor.
Depois bem lá no fundo encontrei perdido,
Aquele coração partido que andava pendurado no meu pescoço,
Pensei então na outra metade.
Onde andaria?
Será que ela ainda existia?
Achei também um bilhetinho amassadinho
Que dizia que a vida era ruim sem mim,
Que nada valia a pena no dia em que você não me via,
Aí lembrei do seu sorriso quando você me encontrava.

Eu lhe amava!
Revirei-a mais um pouco
E cheia de desgosto achei então aquela oração
Que você fez pra mim naquele nosso momento ruim
E chorei baixinho de tanta dor.
Também achei um bilhetinho pedindo perdão
Por um momento de tensão.
E lembrei que
Lhe dei esse perdão com a maior emoção.
Em seguida achei um papel dobradinho
Com aquela poesia que você fez pra mim
No dia seguinte que nos amamos pela primeira vez.
Aí delirei de prazer por você.
Também estava lá a letra daquela música
Que quando ouvimos um certo dia
Você me disse então que seria a nossa canção.
E eu a cantarolei baixinho por um breve minutinho.

E aí…
Depois de já estar com o rosto inchado de tanto chorar,
Com o coração estraçalhado
Achei aquele e-mail que você me mandou
Falando do fim do nosso amor.
Que tinha acabado.
Que estava tudo terminado.
Poucas linhas… Rápidas palavras.
Como se a nossa história tivesse sido transitória.
Ardí de dor.
Me enterrei na saudade.
Depois tranquei a caixinha e partí pra minha realidade,
Fingindo a todos não viver na agonia.
Mas na verdade, o que eu queria
Era morar dentro daquela caixinha,
Junto com o meu coração que já vive lá.

Afinal
Desde que você me deixou,
Foi o único lugar que ele encontrou pra
Continuar a pulsar.

Silvana Duboc

PRECISO DE ALGUEM : DÉA

Que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência. E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos. Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso. Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível : - A Amizade. Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa. Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida, mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades. Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo : " Nós ainda vamos rir muito disso tudo " e ria muito. Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu Amigo. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela . . . By Sir Charlie Chaplin Enviado por Eliana Martos Miranda Buononato VOLTAR Quer Enviar Por E-Mail? Clique Aqui Copyright-2001-Reflexão de Vida Webdesigner-Sueli Pioli Bigucci Todos os direitos reservados