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23 de jan. de 2011

HAN ESSA AGUA /DEA


Essa água

Essa água que desce do chuveiro,

que molha meu corpo inteiro,

umedecendo meus cabelos,

escorrendo em meu pescoço,

beijando minha face,

tocando minha boca...

Essa água que desce do chuveiro,

que molha meu corpo inteiro,

acariciando minhas costas,

deslizando no meu peito,

percorrendo o meu ventre,

enrolando em minhas pernas...

Essa água que desce do chuveiro,

que molha meu corpo inteiro,

penetrando fundo em minha alma,

purifica e me acalma.

Essa água que ninguém mais vê,

somente eu, é Você!

Silvia Munhoz

PORTAS E JANELAS/DEA

Portas e janelas

Portas se fecham,

janelas se abrem...

e nelas cabem

pequenos raios de luz.

São como a fagulha,

na seca palha,

que de mansinho espalha

o arder de uma grande chama.

Aquecem de novo a alma

que por um momento se acalma

e esquece de sofrer.

Pequena foi a janela

que você abriu em meu peito.

Doce raio de luz...

grande foi o seu efeito!

Silvia Munhoz

24/12/2000

JOGO DA VIDA /DEA

Jogo da Vida

As cartas são dadas,

muito bem embaralhadas.

Seqüências são formadas.

Surge o curinga,

que de repente pinga,

no meio da jogada.

Uma carta cobiçada,

muito pretendida,

pra virar uma partida.

Suas várias facetas

permitem mil mutretas

nesse difícil carteado.

Jogo em andamento.

Pensar por um momento...

Valete ...Dama...Rei.

Ás ...dois...três.

Tudo está no seu lugar,

nada pra mudar.

Jogada definida.

Quase ganha a partida.

E, o curinga é colocado,

com desdém , em separado

por atrapalhar uma jogada

que já era confirmada.

Sou esse curinga,

que hoje pinga

no jogo da sua vida,

que mesmo desejado,

terá que ser queimado

pra que você possa bater.

E então vencer,

o jogo da sua vida,

essa complicada partida,

de cartas marcadas,

que até mesmo se vinga

de um cobiçado curinga.

Silvia Munhoz

03/12/2000