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Não importa
o tamanho ou a idade.
Liberte a criança
que existe dentro de você.
Hoje é o dia de todos aqueles
que ainda conseguem
manter a alegria
e a pureza dentro do coração.
Pule, brinque,
e cante uma canção.
Desejo que você
possa sorrir sempre.
Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao
consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que
o destaque vai para aquele que mais tem.
E a todo instante os
comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam:
"Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas."
É um mundo
em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam
os julgamentos.
Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de
seus sapatos, roupas e bolsas.
Dá-se mais atenção ao que possui a casa
mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos.
Carros
bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e
novos. Sempre muito novos.
Adolescentes não desejam repetir roupas e
desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades
em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines.
Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam
nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos
monetários.
E como reagimos? Será que estamos fazendo algo - na prática
- para combater esse estado de coisas?
No entanto, está nos desejos a
grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já
caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.
Experimente
olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, jóias,
chocolates, bolsas, enfeites, perfumes.
Por um momento apenas, não se
deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.
E diga
para si mesmo: "Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de
nada disso para estar contente".
Lembre-se: é por desejar tais coisas,
sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são
suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais.
Deixam
para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar...
Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta.
Mas, há
também os que se fixam em pessoas. Vêem os outros como algo a ser possuído,
guardado, trancado, não compartilhado.
Esses se escravizam aos
parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e
conflitos.
Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança.
Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras
pessoas.
É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as
pessoas a tiranos, enfeiando as almas.
Há, por fim, os que se deixam
apegar doentiamente às situações.
Um cargo, um status, uma profissão,
um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem
arrastar pelo transitório.
Esses amam o brilho, o aplauso ou o que
consideram fama, poder, glória.
Para eles, é difícil despedir-se desse
momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados,
invejados.
Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é
desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo?
Pela lembrança constante
de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o
sofrimento, a receita é a superação dos desejos.
Na prática, funciona
assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se
gastam.
Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de
nós, morrem...
E devemos estar preparados para essas eventualidades. É
a dinâmica da vida.
Pensando dessa forma, aos poucos a criatura promove
uma auto-educação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer
apego egoísta.
Ou seja, amar sem exigir nada em troca.DÉA ROS