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19 de jun. de 2010

O BOBO :DE CLAROCE LISPECTOR:DÉA

EU E VOCÊ :DÉA


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Eu e Você
E nada mais,
Nem mais um sinal
Nem mais perguntas.
Eu e Você
Basta para se sentir feliz.
O mundo inteiro
Poderia parar e aplaudir Eu e Você,
Pois dançamos muito bem,
Não erramos nem um passo
Que a vida nos ensinou,
E que o amor aprovou.
Nada mais importa,
Basta Eu e Você
Para se escrever uma história,
Para saber o porquê
De tanta alegria.
Eu e você
E tudo fica perfeito
Tudo fica completo.
As notas da canção ficam
Fácieis para se aprender,
Para se tocar em um instrumento
Chamado coração.
Tudo é lindo e maravilhoso
Quando se diz:
Eu e Você!!!

TE QUERO:DÉA

Foi em um simples papel
Que comecei a colocar 
Os desabafos de meu coração...
Palavras que respondiam os meus sentimentos,
Que denunciam minhas vontades.
Uma lágrima sem razão rolou dos meus olhos
E caiu sobre a palavra amor...
Ai percebi que:
Os meus olhos
Choram por amor.
Lágrimas que nascem lá do coração,
Que a alma aprova,
Pois as lágrimas nos fortalecem.
"Uma pessoa que não chora,
Tem mil motivos para chorar..."
Segurar as lágrimas é o mesmo
Que pedir para parar o tempo.
O amor nos faz chorar,
Porque é o sentimento mais forte 
Que existe na lei da vida.
Minha poesia
Ficou com uma marca,
A marca de um amor
Expressado em uma
Marca de Uma Lágrima.

DÉA

Tudo começou em uma telinha de computador um grande amor crescendo, e não foi so uma curtição como outro foi o meu 1 amor e marido q realmete  senti algo a mais, e naum estava so no  beijo ou no jeito q nós  nos divertia-mos e sim do jeito dele ser, de viver, que gosto tudo nele. E como diz nossa musica em especial Nunca pensei que você me deixaria desse jeito
Sem dormir direito
Imaginei que fosse um passatempo qualquer
Uma aventura de amor
Mas meu coração me enganou
Te amo como nunca amei ninguém
Te quero como nunca quis um dia alguém
Você mudou a minha história
Se so sabe que sem vx cmg naum sei viver, te amo meu DenguinhO, minha vida naum faz mais sentidu com vx nela podendu dividir os melhores e piores momentos juntos sei q não é facil q nos fiquemos  juntos mais sabemos q o amor q sentimos um pelo outro é maior q tudo e todos te amO meu QUERIDO

NINGUEM É DE NINGUEM PODEMOS ATÉ DESEJAR UM ALGUEM + É IMPOSSIVEL SERMOS DONOS DESTA PESSOA MESMO TENDO UM PAPÉL ASSINADO ISTO NÃO NOS DÁ POSSE SOBRE ÉLA NEM SOBRE SEUS SENTIMENTOS ,HJ SÓ QUERIA AMAR E SER AMADA :DÉA

TE QUERO

A REAL DECISÃO DE MUDAR E EU NETES ULTIOS DOIS MESES DE MAIO E JUNHO VENHO LUTANDO COMIGO MESMA PRA MUDAR ,MUDAR MEU MODO DE SER QUE ANTES ÉRA EXPLOSIVO E FALAVA MUITAS COISAS SEM PENSAR E QD VIA JA TINHA MAGOADO PESSOAS QUE EU AMO DE CORAÇÃO ,HJ ESTOU CONSEGUINDO RESPIRAR E PENSAR ANTES DE FALAR ALGO A ALGUEM MESMO EU VENDO QUE ELA OU ELE ESTÃO ERRADOS :DÉA

A real decisão de mudar
Em uma grande cidade do Brasil, um garoto de oito anos crescia sob os cuidados do irmão, apenas dois anos mais velho que ele, pois os pais precisavam trabalhar o dia todo. Apresentava dificuldades na escola. 

Sua professora, ao invés de incentivá-lo a melhorar, expunha suas dificuldades à classe de maneira jocosa, e disse à sua mãe que ele não tinha mais jeito. 

O garoto, sentindo-se cada vez mais incapaz, repetiu pela segunda vez o mesmo ano escolar. Revoltado, assaltou a cantina da escola com um revólver de brinquedo que ganhara, sendo, a seguir, expulso da escola. 

Sem obrigações, passou a ficar na rua o dia todo e fez-se acompanhar de outros garotos desocupados. Começaram a assaltar pessoas, roubar carros e usar drogas. 

Alguns anos depois, alguns de seus colegas de crime perderam suas vidas em função de dívidas com traficantes. Ele teve a certeza de que seria o próximo. 

Com medo, procurou uma educadora que criara uma Fundação no bairro onde morava, e que ensinava atividades como idiomas e música a jovens carentes. 

Ela o aconselhou a sair das ruas, pelo menos por algum tempo. Para ajudá-lo a passar o tempo, emprestou-lhe um livro. Era o primeiro livro que ele lia em sua vida, e foi o suficiente para arrebatá-lo. 

Vieram, então, outros livros e a decisão de procurar um emprego. Na Fundação que o ajudara, conheceu outros jovens que estudavam para o vestibular. 

Conseguiu apostilas e passou a estudar no intervalo do emprego. Fez supletivo aos 21 anos e prestou vestibular para um curso de línguas em uma Universidade pública de renome. Foi recompensado. 

Ainda cursando a Universidade conseguiu voltar à escola de onde fora expulso: agora como professor de português. 

Depois de formado, seguiu os estudos ingressando na pós-graduação em Educação Social. Hoje, trabalha em uma entidade não governamental na região onde mora. 

Escreveu um livro sobre o assunto e deseja mostrar, com seu exemplo, que é possível mudar, que nada é irremediável. 

* * * 

O que o garoto fez para mudar o curso de sua jornada? O medo de perder a própria vida foi para ele um incentivo importante para mudar de rumo. 

Ele ouviu sua própria intuição que o levou a procurar ajuda no local certo. Encontrou alguém que acreditou nele, e o mais importante: ele realmente decidiu mudar. 

Como aquela educadora que o acolheu, há incontáveis pessoas e instituições que hoje se dedicam a auxiliar criaturas em situação econômica precária, drogaditos, presidiários, dando-lhes oportunidades. 

Mas, em toda e qualquer situação, o auxílio não muda realmente o indivíduo, a não ser que ele mesmo decida mudar. 

Reflitamos sobre as numerosas mudanças que decidimos fazer em nossas vidas, mesmo que pequenas, e que, muitas vezes não passam da vontade, diante do comodismo e dificuldades que criamos para não mudar. 

A história desse jovem nos serve de lição e de exemplo sobre a real decisão de se modificar e superar a própria condição.
 

Autor:
Redação do Momento Espírita com base na reportagem O ladrão que virou professor, publicada no Caderno Cidades, do jornal "on line" estadão.com.br.
A verdadeira amizade
Você já parou para pensar sobre o que é a verdadeira amizade? 

A palavra amigo é usada de maneira muito ampla pela maioria de nós. 

Apresentamos como amigos os colegas de escola ou de faculdade; os colegas de trabalho, os amigos que conosco praticam esporte, ou aqueles com quem nos relacionamos em várias atividades. 

E é bom que assim seja, pois ao chamarmos de amigos, de alguma forma os aceitamos, e passamos a tentar conviver bem com eles. 

Mas será que esses são os nossos verdadeiros amigos? Será que nós somos os verdadeiros amigos dessas pessoas? 

Nossos verdadeiros amigos têm uma real conexão conosco. São aqueles que realmente gostam de nós e de quem nós gostamos verdadeiramente. 

O verdadeiro amigo nos aceita como somos, mas não deixa de nos dar conselhos para que mudemos, sempre para melhor. E nós aceitamos esses conselhos porque sabemos que vêm de quem se importa conosco. 

O verdadeiro amigo se alegra com nossas alegrias, com nossos sucessos, e torce pela realização de nossos sonhos. 

O verdadeiro amigo preocupa-se quando estamos tristes e, frente a situações difíceis para nós, está sempre disposto a ajudar. 

O verdadeiro amigo não precisa estar presente em nossas vidas todos os dias, mas sabemos que está ao nosso alcance quando sentirmos saudades, quando quisermos saber se ele está bem, ou quando precisarmos dele. 

Distâncias não encerram amizades sólidas, em uma época onde a comunicação é tão fácil. Mas, mesmo sem um contato constante, o sentimento de afeto não se abala. 

É do livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, a famosa frase: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. 

Se cativamos um amigo, então somos responsáveis por essa amizade. Devemos saber retribuir as atenções e o carinho recebidos, com a mesma dedicação. 

Afinal, a real amizade é como uma estrada de duas mãos: nos dois sentidos os sentimentos são semelhantes. 

Com o verdadeiro amigo temos a chance de praticar o real amor para com o próximo, ainda tão difícil de praticar com todos, como Jesus recomendou. 

Temos a chance de praticar o perdão, pois nosso caro amigo tem o direito de errar como qualquer ser humano o tem. E, se errar conosco, que o perdoemos, pois amanhã talvez sejamos nós a pedir perdão. 

Jesus e Seus apóstolos formaram um grupo de dedicados amigos. Muitos deles, sem se conhecerem previamente, desenvolveram, naqueles curtos três anos da pregação do Mestre, uma amizade que duraria até o fim de suas vidas. 

Quando, após a morte de Jesus, se viram aparentemente sozinhos, ajudaram-se mutuamente, deram forças uns aos outros para a dura missão que teriam pela frente. 

Amigos são verdadeiros presentes que Deus nos dá. Muitas vezes são antigos companheiros de jornada que reencontramos, para que continuemos juntos, nos apoiando nesta nova caminhada. 

Não busquemos quantidade, mas, sim, a qualidade, certos de que a verdadeira amizade deve ser cultivada e cuidada como algo de real valor em nossa vida, algo que não nos pode ser tirado, e que levaremos conosco eternamente.
 

Autor:
Redação do Momento Espírita.
Som de Fundo:
"Reverie"

A VÓZ DO SILÊNCIO:DÉA

A voz e o silêncio
Aumenta volumosamente a balbúrdia no mundo. 

Não há respeito pelo silêncio. 

As pessoas perderam o tom de equilíbrio nas conversações, nos momentos de júbilo, nas comunicações fraternais. 

Grita-se, quando se deveria falar, produzindo uma competição de ruídos e de vozes que perturbam o discernimento e retiram a harmonia interior. 

As músicas deixam, a pouco e pouco, de ser harmônicas para se apresentarem ruidosas, sem nenhum sentido estético, expressando os conflitos e as desordens emocionais dos seus autores. 

Cada qual, por isso mesmo, impõe o volume da sua voz, dos ruídos do lar, das comunicações e divertimentos através dos rádios e das televisões. 

Há um predomínio da violência em tudo, nos sentimentos, nas conversações, nas atividades do dia a dia. 

Há demasiado ruído no mundo, atormentando as criaturas. 

* * * 

A voz é instrumento delicado e de alta importância na existência humana. 

Sendo o único animal que consegue articular palavras, o ser humano deve utilizar-se do aparelho fônico na condição de instrumento precioso, e de cujo uso dará contas à Consciência Cósmica que lhe concedeu admirável tesouro. 

Jesus, o Sublime Comunicador, cuja dúlcida voz inebriava de harmonia as multidões, viveu cercado sempre pelas massas. 

Sofreu-as, compadeceu-Se delas, mas não Se deixou aturdir pela sua insânia e necessidade. 

Logo depois de as atender, recolhia-Se ao silêncio, fugindo do bulício, a fim de penetrar-Se mais pelo amor do Pai, renovando os sentimentos de misericórdia e de compreensão. 

Procedia dessa forma, a fim de que o cansaço, que surge na balbúrdia, não lhe retirasse a ternura das palavras e das ações. 

* * * 

Necessitas, sim, de silêncio interior, para melhores reflexões e programações dignificantes em qualquer área do comportamento em que te encontres. 

Aprende a calar e a meditar, a harmonizar-te e a não perder a seriedade na multidão desarvorada e falante. 

Os grandes sábios do Cosmos sempre souberam silenciar. 

Silenciar em oração perante as necessidades do outro. Silenciar em respeito ao sofrimento alheio. 

Silenciar em consideração às idéias divergentes. Silenciar a vingança diante dos males recebidos. 

É no mundo do silêncio que construímos as palavras edificantes que sairão de nossa boca. 

É no mundo sem voz que elaboramos o canto que logo mais irá encantar ouvintes numa sala de concertos. 

É no mundo do silêncio que embalamos nossos amores, que pensamos em melhorar, reformar e transformar. 

Assim, saibamos dosar o silêncio em nossas vidas, evitando que a balbúrdia e a loucura se instalem. 

Saibamos usar a voz com cuidado, a cada pronunciar de palavra, assim como o concertista o faz na interpretação de uma ópera. 

A música elevada, assim como a vida, é feita de som, mas também de silêncio.
 

Autor:
Redação do Momento Espírita com base no cap. Silêncio, do livro Jesus e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Som de Fundo:
"La Barca de Oro"

A VINGANÇA:DÉA


A vingança
Você considera a vingança como um ato de coragem ou de covardia? 

Algumas pessoas acreditam que a vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas não se pode tolerar uma afronta sem se rebaixar. 

Pensam que a tolerância e a indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia. 

Todavia, temos de convir que o ato de vingar-se jamais constitui prova de coragem. 

Geralmente, quando buscamos revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião pública. 

Não importa que a nossa consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a sociedade não nos julgue assim. 

O mesmo não ocorre com relação ao ato de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade. 

Enquanto a vingança é uma ladeira fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir. 

Algumas pessoas costumam enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para tolerar uma pequena ofensa. 

Escalam, com ousadia, altas montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura, mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça. 

Dão grande prova de coragem em alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do cinismo, da falsidade, da infidelidade. 

Realmente fortes são aqueles que conseguem conter-se diante de uma agressão. 

A verdadeira fortaleza está nas almas que não se descontrolam quando são ofendidas. 

Que não se impacientam quando são incomodadas. 

Que não se perturbam, quando são incompreendidas. 

Que não se queixam, quando são prejudicadas. 

Verdadeira coragem é aquela de que o cristo nos deu o exemplo. 

Ele sofreu a ingratidão daqueles a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado, caluniado, cuspiram-Lhe no rosto e O crucificaram, e Ele tomou uma única atitude: a do perdão. 

Por várias vezes, em sua passagem pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas sempre optou pela dignidade de calar-se. 

Diante das agressões recebidas, o Meigo Rabi da Galiléia passava lições grandiosas, como aconteceu com soldado que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas. 

Sem perder a serenidade habitual, o cristo olhou-o nos olhos e lhe perguntou: "se eu errei, aponta meu erro, mas se não errei, por que me bates?" 

Essa é a atitude de uma alma verdadeiramente grande. 

Pense nisso! 

Se Jesus tivesse parado em meio à caminhada do Gólgota, largado a cruz injusta do suplício, para se voltar contra Seus agressores e exercer sobre eles o direito de vingança, certamente não teria passado à posteridade como Modelo de perfeição e de amor. 

Pense nisso!
 

Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 15 do livro Primado do Espírito, de Rubens Romanelli.
Som de Fundo:
"Once You Had Gold"

O reino do coração:DÉA


O reino do coração
Conta-nos uma lenda, que existia em um reino muito distante, uma grande quantidade de terras que se perdiam no horizonte e iam muito além das montanhas. 

Chamava-se "o reino do coração". Uma jovem senhora recebera de Deus a incumbência de cuidar e administrar, como quisesse, toda aquela imensidão de terras. 

Para se ter uma idéia, ela possuía mais terras do que o próprio rei. 

A jovem senhora sempre soube administrar com maestria todos os setores do reino do coração que lhe pertenciam. 

Era uma mulher bondosa e, mesmo contra a vontade de muita gente, ela sempre distribuía alguns hectares de sua propriedade para as pessoas simples que batiam à sua porta. 

As pessoas pediam para ficar um tempo e acabavam se demorando, se demorando até se instalarem de vez. 

Tudo corria maravilhosamente bem até que chegou um posseiro e quis morar nas terras do coração que ela mais gostava: "as terras da afetividade". 

Aproveitando-se da ausência da senhora, que viajara por algum tempo, esse posseiro se apoderou do seu recanto mais precioso, onde ela cultivava as flores da paixão, da cumplicidade, do companheirismo e de muitas outras flores relacionadas ao sentimento. 

Quando ela retornou, ficou bastante surpresa ao ver que aquele forasteiro havia se instalado ali. 

No entanto, ele não era um forasteiro qualquer, era como um raio de sol, e ao seu suave toque todas as flores se abriam e começavam a exalar um perfume inebriante. 

Com a presença daquele homem incomum, o recanto secreto da jovem senhora se tornou o mais belo de todo o reino. 

A administradora não teve como recusar a permanência daquele posseiro singular, pois sua presença havia mudado para sempre os jardins dos seus mais secretos sentimentos... 

No entanto, um dia... um dia que a jovem senhora não mais poderia esquecer, seu jardim amanheceu sem brilho e sem perfume... 

Parecia que o inverno chegara mais cedo..., e um frio extemporâneo havia crestado todas flores... 

A dona das terras quis saber o motivo e seu pequeno-grande coração quase desfaleceu ao saber que seu raio de sol havia partido... 

Ela saiu a buscar por todos os cantos do seu reino, mas não mais o encontrou. 

A tristeza quis tomar posse do seu recanto precioso, mas ela insistia em ter de volta o toque suave do seu raio de sol, único capaz de trazer novamente o viço e o perfume às flores. 

No entanto, numa manhã... numa manhã que a jovem senhora não mais poderá esquecer, seu raio de sol voltou... mas não voltou para ficar... 

Ele propôs uma condição: poderia apenas visitar aquele recanto de paz e amor a cada início de primavera, para beijar todas as flores pelas quais nutria imenso carinho. 

Apesar de sentir-se triste por não ter seu raio de sol em todas as estações, a jovem senhora aceitou as condições. 

E é assim que a cada início de primavera o raio de sol beija as flores e elas se abrem, e exalam seu inebriante perfume como todas as flores cultivadas pelo amor de alguém muito especial. 

*** 

Se você também cultiva as flores da paixão e não tem um raio de sol para beijá-las todas as manhãs, cultive as flores da afetividade, da amizade, da fraternidade... 

E, se neste dia, dedicado aos namorados, você não tem ninguém para compartilhar seus sonhos, seus desejos, seus anseios, abra as portas do reino do coração e libere as terras onde possa brotar a esperança. 

Cultive a esperança de um dia encontrar, como a jovem senhora da lenda, um raio de sol que possa aquecer para sempre o seu recanto de amor.
 

Autor:
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

A libertação da borboleta:DÉA


A libertação da borboleta
A doutora Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra de origem suíça, especializou-se em doentes terminais. 

Assistindo centenas de crianças que estavam morrendo, ela nos diz que devemos aprender a ouvir. 

Ouvir o que a criança expressa verbalmente. E mesmo aquilo que ela transmite pela linguagem não verbal. 

Crianças terminais, conta ela, sabem quando vão morrer. E precisam de algum atendimento especial. Atendimento que só o amor incondicional pode dar. 

Falando de sua experiência, narra que conheceu um menino que aos nove anos se encontrava à beira da morte. 

Portador de câncer, desde os 3 anos de idade, Jeffy nem conseguia mais olhar para as agulhas de injeção. 

Tudo era doloroso para ele. No hospital, esperava a morte. O médico sugeriu que se iniciasse uma nova quimioterapia. 

Mas o menino pediu: "quero ir para casa, hoje." 

Os pais optaram por lhe satisfazer a vontade. 

Quando Jeffy chegou em casa, pediu ao pai que descesse da parede da garagem a sua bicicleta. 

Durante muito tempo, seu sonho tinha sido andar de bicicleta. O pai a comprou, mas por causa da doença ele nunca pode andar. 

A dificuldade era imensa, até mesmo para se manter em pé, então Jeffy pedalou a bicicleta com o amparo das rodinhas auxiliares. 

Disse que iria dar uma volta no quarteirão e que ninguém o segurasse. Ele desejava fazer aquilo sozinho. 

A médica que o acompanhava, a mãe e o pai ficaram ali, um segurando o outro. A vontade era de segui-lo. 

Ele era uma criança muito vulnerável. Poderia cair, se machucar, sangrar. 

Ele se foi. Uma eternidade depois, ele voltou, o homem mais orgulhoso que se possa ter visto um dia. 

Sorria de orelha a orelha. Parecia ter ganho a medalha de ouro nas olimpíadas. 

Sereno, pediu ao pai que retirasse as rodinhas auxiliares e levasse a bicicleta para seu quarto. E quando seu irmão chegasse, era para ele subir para falar com ele. 

Queria falar com o irmão a sós. Tudo aconteceu como ele pediu. 

Ao descer, o irmão recusou-se a dizer aos pais o que haviam conversado. 

Uma semana depois, Jeffy morreu. E, na semana seguinte, era o aniversário do irmão. Foi aí que o menino contou o que tinha acontecido naquele dia. 

Jeffy dissera a ele que queria ter o prazer de lhe dar pessoalmente sua amada bicicleta. 

Mas não podia esperar mais duas semanas, até o aniversário dele, porque então já teria morrido. 

Por isso, a dava agora. Entretanto, havia uma condição: que ele nunca usasse aquelas rodinhas auxiliares, próprias para crianças bem pequenas. 

Quando os pais souberam de tudo, sentiram muita tristeza. Uma tristeza sem medo, sem culpa, sem lamentar. 

Eles tinham a agradável lembrança do filho dando a sua volta de bicicleta pelo quarteirão. 

E mais do que isso: o sorriso feliz no rosto de Jeffy, que foi capaz de conseguir sua grande vitória em algo que a maioria encara como comum. 

*** 

Dizemos que uma pessoa é como o casulo de uma borboleta. O casulo é o que ela vê no espelho. É apenas uma morada temporária do ser imortal. 

Quando esse casulo fica muito danificado, o ser o abandona. 

É como a borboleta que se liberta do casulo. 

Deixar o ser amado partir sereno, só é possível aos corações que amam de forma incondicional e verdadeira.
 

Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. O casulo e a borboleta (Jeffy), do livro O túnel e a luz, de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Verus.
Som de Fundo:
"Evening Falls"

Jesus, modelo e guia :DÉA



Jesus, modelo e guia
Referência, todos precisamos de referências para saber como agir. 

Desde criança nossas ações são influenciadas profundamente pelos referenciais que temos mais próximos de nossas vidas. 

Entendemos hoje que a família é o primeiro modelo de comportamento que o infante tem à sua disposição, e que será de suprema importância em seu desenvolvimento. 

Foi assim que, entendendo esta característica humana milenar, Allan Kardec, iniciando a exposição das Leis Morais em sua obra-prima, O livro dos espíritos, inquiriu à Espiritualidade: 

"Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?" 

Há sabedoria na pergunta kardequiana, que inicialmente vê como indispensável termos referencial, e depois na solicitação de "um tipo mais perfeito". 

Sim, precisamos ter um Guia e Modelo acima de todos os outros. Um inquestionável, que apresente todas as características de perfeição possíveis. 

A resposta dos Espíritos é muito clara e objetiva: 

"Jesus". 

Logo em seguida, o professor lionês faz um comentário esclarecedor: 

"Para o homem, Jesus constitui o tipo de perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. 

Deus no-Lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor(...)" 

Aí está Kardec ressaltando uma vez mais a idéia de Modelo e Guia proposta por ele mesmo no questionamento inicial. 

Faz-se mister que diferenciemos, didaticamente, estas duas características desse Mestre maior, para que nos aprofundemos mais nas reflexões. 

O que podemos entender por "modelo"? 

Modelo seria uma forma típica para se reproduzir ou imitar. 

Para os pintores, escultores, o modelo é a figura a ser copiada, ou a referência única de inspiração para se compor uma obra. 

No mundo da moda, os modelos são padrões de beleza ditados por esta ou aquela corrente, neste ou naquele momento da história. 

Entender Jesus como modelo, é perceber em Seus atos, em Suas atitudes, na maneira como procedeu nesta ou naquela situação, uma referência atemporal a ser imitada. 

Quando o Mestre proclama, heróico: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei comigo que sou manso e humilde de coração", Ele nos diz: 

"Percebam Minha mansidão ao enfrentar as adversidades da vida. Mirem-se na Minha humildade, virtude que já tenho conquistada, para que vocês construam a sua." 

Em outra feita, quando nos momentos finais de sua vida na Terra, pede ao Pai Maior que compreenda os que O estavam assassinando, Ele exemplifica o perdão incondicional. 

Nas entrelinhas poderíamos ler: "Inspirem-se no Meu exemplo. Estou compreendendo, perdoando aqueles que Me matam. Façam o mesmo." 

O que podemos entender como "guia"? 

Guia é aquele que aponta o caminho, que conduz, que aconselha. 

E o Cristo sempre foi o Guia por excelência, mostrando-nos todos os caminhos seguros, alertando-nos sobre as trilhas incertas e perigosas. 

Jesus estava sendo Guia quando disse: "Aquele que quiser ser o maior dentre vós, seja o servo de todos." 

Ele apontava assim o caminho da grandeza de Espírito, a grandeza de quem serve. 

Ao recitar as bem-aventuranças, Ele deixava claro quais as conseqüências de quem tomasse o caminho da misericórdia, do pacifismo, da pureza de coração... 

Finalmente, coroando Sua missão como Guia e Modelo, deixa-nos Seu maior ensinamento: "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei." 

Como Guia lúcido, indica o caminho seguro do amor. 

Como Modelo irretocável, sugere-nos que nos inspiremos em Sua forma de amar, na maneira sublime com que amou a Humanidade inteira.
 

Autor:
Redação do Momento Espírita com base no item 625, de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Som de Fundo:
"A Media Luz"
Referência, todos precisamos de referências para saber como agir. 

Desde criança nossas ações são influenciadas profundamente pelos referenciais que temos mais próximos de nossas vidas. 

Entendemos hoje que a família é o primeiro modelo de comportamento que o infante tem à sua disposição, e que será de suprema importância em seu desenvolvimento. 

Foi assim que, entendendo esta característica humana milenar, Allan Kardec, iniciando a exposição das Leis Morais em sua obra-prima, O livro dos espíritos, inquiriu à Espiritualidade: 

"Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?" 

Há sabedoria na pergunta kardequiana, que inicialmente vê como indispensável termos referencial, e depois na solicitação de "um tipo mais perfeito". 

Sim, precisamos ter um Guia e Modelo acima de todos os outros. Um inquestionável, que apresente todas as características de perfeição possíveis. 

A resposta dos Espíritos é muito clara e objetiva: 

"Jesus". 

Logo em seguida, o professor lionês faz um comentário esclarecedor: 

"Para o homem, Jesus constitui o tipo de perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. 

Deus no-Lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor(...)" 

Aí está Kardec ressaltando uma vez mais a idéia de Modelo e Guia proposta por ele mesmo no questionamento inicial. 

Faz-se mister que diferenciemos, didaticamente, estas duas características desse Mestre maior, para que nos aprofundemos mais nas reflexões. 

O que podemos entender por "modelo"? 

Modelo seria uma forma típica para se reproduzir ou imitar. 

Para os pintores, escultores, o modelo é a figura a ser copiada, ou a referência única de inspiração para se compor uma obra. 

No mundo da moda, os modelos são padrões de beleza ditados por esta ou aquela corrente, neste ou naquele momento da história. 

Entender Jesus como modelo, é perceber em Seus atos, em Suas atitudes, na maneira como procedeu nesta ou naquela situação, uma referência atemporal a ser imitada. 

Quando o Mestre proclama, heróico: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei comigo que sou manso e humilde de coração", Ele nos diz: 

"Percebam Minha mansidão ao enfrentar as adversidades da vida. Mirem-se na Minha humildade, virtude que já tenho conquistada, para que vocês construam a sua." 

Em outra feita, quando nos momentos finais de sua vida na Terra, pede ao Pai Maior que compreenda os que O estavam assassinando, Ele exemplifica o perdão incondicional. 

Nas entrelinhas poderíamos ler: "Inspirem-se no Meu exemplo. Estou compreendendo, perdoando aqueles que Me matam. Façam o mesmo." 

O que podemos entender como "guia"? 

Guia é aquele que aponta o caminho, que conduz, que aconselha. 

E o Cristo sempre foi o Guia por excelência, mostrando-nos todos os caminhos seguros, alertando-nos sobre as trilhas incertas e perigosas. 

Jesus estava sendo Guia quando disse: "Aquele que quiser ser o maior dentre vós, seja o servo de todos." 

Ele apontava assim o caminho da grandeza de Espírito, a grandeza de quem serve. 

Ao recitar as bem-aventuranças, Ele deixava claro quais as conseqüências de quem tomasse o caminho da misericórdia, do pacifismo, da pureza de coração... 

Finalmente, coroando Sua missão como Guia e Modelo, deixa-nos Seu maior ensinamento: "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei." 

Como Guia lúcido, indica o caminho seguro do amor. 

Como Modelo irretocável, sugere-nos que nos inspiremos em Sua forma de amar, na maneira sublime com que amou a Humanidade inteira.
 

Autor:
Redação do Momento Espírita com base no item 625, de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Som de Fundo:
"A Media Luz"

Reflexão: A amizade, o sucesso e a inveja… :DÉA

Nesta vida nada vem de mão beijada mesmo, este é o maior exemplo que a vida me deu, por isso trabalhei duro até hoje e não tive medo de arriscar, ao contrário das pessoas que se acomodam e ficam sentadas esperando alguém trazer a solução para suas vidas pacatas e tediosas, para em seguida, tentar tirar benefício disso para sí tentando fazer igual.
Nesta longa estrada da vida – como dizia a música de João Mineiro e Marciano – muitos tombos e dificuldades vêm e vão e sempre virão e irão. O importante é continuar firme, com inteligência e determinação.
Aprender a lição de nunca confiar nos outros é o mais importante. Não sou crente, mas acho que alguns trechos da Bíblia até que merecem seus créditos, como este:
sucesso Reflexão: A amizade, o sucesso e a inveja...
Penso que um projeto de vida profissional ou pessoal só pode ir para a frente se levado muito à sério e jamais a vida pessoal deve ser misturada com a vida profissional. São coisas distintas, principalmente quando o negócio é seu mesmo. Afinal, se você trabalha para uma empresa, você certamente terá que aturar pessoas que não o agrada. Se você por ventura sair desta empresa, e tiver boa índole, jamais sacaneará as pessoas que lá estão envolvidas ou estragará um projeto só por que você não teve capacidade e competência de fazer parte dele.
Digo tudo isso por que algumas pessoas que se dizem blogueiros costumam ficar fazendo denúncias infâmes e desnecessárias só para prejudicar os colegas de profissão, e também por pessoas que se aproximam para pegarconhecimento, se fazendo por amigos e, após ganhar confiança, tentam te derrubar de alguma forma.
O Blog Tira-Tédio passou por isso, este post é mais para mostrar à essas pessoas que ele vai continuar firme e forte independente da inveja, das tentativas de invasão ou qualquer coisa que possam tentar fazer contra ele. Mudanças podem ser feitas para melhorias, mas jamais aceitarei que pessoas medíocres que só pensam em sí mesmas me apavorem com tais atitudes, pelo contrário, isso só me dá mais força para continuar mais e mais!
Aos contraventores: Aposto que teria tentado coisas piores se eu não tivesse me precavido. Isso só revela o quanto as pessoas podem ficar perturbadas por causa de decepções na vida, mas as decepções não acontecem por acaso, nós somos responsáveis pelo que colhemos, tenho consciência disso, mas quem não tiver, com certeza vai ficar sempre na mesma, perambulando, procurando por algo que não existe até que se definhe ou caia na real.
Não é por causa de uns e outros que colocam preço tão baixo na amizade que vou deixar de acreditar na mesma. Ainda acredito, e sei que amigos de verdade sempre aparecerão na hora que mais precisar, como tem acontecido.
A vida é um mestre. E feliz é o discípulo mais dedicado às suas regras…
inveja Reflexão: A amizade, o sucesso e a inveja...
A inveja pode até fazer mal para quem é invejado, mas tenho vivenciado exemplos suficientes para acreditar que o mais prejudicado é o invejoso, que se prejudica por si só. É como um feitiço que sempre se vira contra o feiticeiro.
Ás vezes é difícil acreditar no amor ou na amizade, pois por muito pouco as pessoas destróem aquilo que tanto se dizem prezar. Casais se separam por muito pouco e amigos se viram as caras por causa de um tanto de “nada”.
Muitas pessoas costumam referenciar a “força” de uma amizade pelo tempo que ela permanece, mas é uma medida errônea e impensada, pois amizades de anos podem acabar em segundos por valores muito pequenos que são colocados acima da amizade propriamente dita. Deixo meu conselho e acreditem… a amizade não precisa de tempo como marcador, mas de admiração, honestidade e disposição à ajudar quando necessário. Estes são os valores reais que acho que deveriam medir a amizade.
correnteamizade Reflexão: A amizade, o sucesso e a inveja...
Apesar de tudo o que ocorre nos bastidores do blog… é com muita satisfação que aviso aos estimados leitores do Blog Tira-Tédio que nós sempre Continuaremos firmes e fortes no intuito de trazer informação e diversão à todos os nossos leitores.
P.S.: As tentativas de prejudicar as fotos do blog foram falhas e o trabalho foi rapida e prontamente resolvido graças à uma tecnologia chamada “Backup de amigos”! Que venha o próximo desafio! Estamos prontos e sempre estaremos!! Os desafios só nos fazem crescer!!!
P.S2.: “De mão beijada” é a oportunidade bater na sua porta e você não saber reconhecer…
valordaamizade Reflexão: A amizade, o sucesso e a inveja...

BOM FIM DE SEMANA! :DÉA

BOM FIM DE SEMANA!
"Eu guardei muitas coisas em
Minhas mãos,e perdi todas..
Mas todas que coloquei nas 
mãos de Deus, essas eu 
ainda possuo"

▂ஜ Sei Que Deus Existe ஜ▂ 

A morte de Saramago, morre hj um dos nossos melhores escritor :DÉA

José de Sousa Saramago, falecido hoje aos 87 anos, nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho da Golegã, a 16 de novembro de 1922, embora esteja registado como tendo nascido a 18, mas antes de fazer três anos mudou-se para Lisboa com os pais. 

Foi ao inscrever-se na escola primária, na capital, que se descobriu que o funcionário do registo tinha acrescentado na sua certidão de nascimento a alcunha da família, Saramago, como sendo apelido, o que tornou o escritor no primeiro Saramago da família Meirinho Sousa. 

"Após fazer os estudos secundários em Lisboa, que por dificuldades financeiras não prosseguiu, José Saramago começou a trabalhar como serralheiro mecânico e exerceu ainda as profissões de desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor e tradutor, tendo colaborado também como crítico literário na revista Seara Nova e como comentador político no Diário de Lisboa (1972-73) e sido diretor do Diário de Notícias (1975)." 

Membro da primeira direção da Associação Portuguesa de Escritores e presidente da assembleia geral da Sociedade Portuguesa de Autores entre 1985-1994, José Saramago, viveu, a partir de 1976, exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro enquanto tradutor e depois enquanto autor. 

O seu primeiro livro, o romance "Terra do Pecado", saiu em 1947, tendo José Saramago estado depois sem publicar até 1966, quando regressou com "Os Poemas Possíveis", a que se seguiram, já na década de 70, "Provavelmente Alegria" (1970), "Deste Mundo e do Outro" (1971), "A Bagagem do Viajante" (1973), "O Ano de 1993" (1975), "Manual de Pintura e Caligrafia" (1977), "Objecto Quase" (1978) e "A Noite" (teatro, 1979), entre outros. 

Já nos anos 80 chegaram às livrarias "Levantado do Chão" (1980), "Que farei com este Livro?" (teatro, 1980), "Viagem a Portugal" (1981), "Memorial do Convento" (1982), "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984), "A Jangada de Pedra" (1986), "A Segunda Vida de Francisco de Assis" (1987) e "História do Cerco de Lisboa" (1989). 

O polémico Evangelho

"O Evangelho Segundo Jesus Cristo", o romance mais polémico do autor, saiu em 1991 e dois anos depois surgia a peça de teatro "In Nomine Dei", após o que tinha início a publicação dos "Cadernos de Lanzarote" (1994, diário I, e 1995, diário II), reflexo da mudança de Saramago para aquela ilha do arquipélago das Canárias. 

O aplaudido "Ensaio sobre a Cegueira" foi dado à estampa em 1995, a ele se seguindo mais dois volumes dos "Cadernos de Lanzarote", em 1996 e 1997, e o novo romance "Todos os Nomes", editado também em 1997, um ano antes do quinto volume dos "Cadernos de Lanzarote". 

Após a atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 1998, a Fundação Círculo de Leitores instituiu um galardão literário bienal com o nome de José Saramago e a expetativa em torno de um novo trabalho do autor aumentou, até que, no ano 2000, chegou às livrarias "A Caverna", a que se seguiu "O Homem Duplicado" (2002). 

O "Ensaio Sobre a Lucidez", publicado em 2004, foi apresentado pelo próprio escritor em entrevista à Lusa como "uma fábula, uma sátira e uma tragédia" e causou controvérsia por preconizar o recurso ao voto em branco como sinal de desagrado dos eleitores perante o Governo. 

Aquando do lançamento deste título, José Saramago criticou duramente a democracia portuguesa por, na sua opinião, os governos serem "comissários políticos do poder económico"e mostrou-se contra o monopólio dos média. 

No ano seguinte, o escritor publicou a peça de teatro "Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido", escrita como fundamento dramático para o libreto de uma ópera de Azio Corghi, compositor italiano que no final da década de 1980 criara a ópera "Blimunda", inspirada na personagem homónima do romance "O Memorial do Convento", voltando a recorrer aos textos do Nobel da Literatura para outras óperas e para cantatas ao longo dos anos 1990. 

Em 2005, o escritor - que dizia não ser pessimista, "o mundo é que é péssimo" - lançou também um novo romance, "As Intermitências da Morte", que apresentou como "uma reflexão filosófica sobre a vida" e onde coloca questões como: "Quais as implicações de uma vida mais longa? Quanto tempo passaria a durar a velhice? Em que se tornaria o corpo humano?", "Como se pagariam então as reformas, problema que já agora se coloca?".

Traduções e prémios em todo o mundo

A vasta obra do escritor português encontra-se editada em mais de trinta países, entre os quais Dinamarca, Suécia, Finlândia, Hungria, Rússia, Turquia, Albânia, Eslovénia, Sérvia, Roménia, Macedónia, Síria, Israel, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, México, Colômbia, Argentina e EUA. 

As ficções de José Saramago valeram-lhe o Prémio da Associação de Críticos Portugueses (para "A Noite", em 1979), Prémio Cidade de Lisboa (por "Levantado do Chão", de 1980), Prémio Literário Município de Lisboa ("Memorial do Convento", 1982) e o PEN Clube para "Memorial do Convento" (1982) e "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984). 

Este último livro valeu-lhe ainda o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos (1985), o Prémio Dom Diniz (1986), o galardão italiano Grinzane-Cavour (1987) e o Prémio de Ficção Estrangeira do jornal The Independent (1993). 

"O Evangelho Segundo Jesus Cristo" recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 1992, no mesmo ano em que "Levantado do Chão" foi galardoado em Itália com o Prémio Internacional Ennio Flaiano, enquanto "In Nomine Dei" venceu, em 1993, o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores. 

Pelo conjunto da sua obra, Saramago foi ainda distinguido com o Prémio Internacional Literário Mondello e o Prémio Literário Brancatti (ambos em 1992), Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1993), Prémio Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e Prémio Camões (os dois em 1995) e Prémio Nacional de Narrativa Città di Penne, Prémio Europeu de Comunicação Jordi Xifra Heras e Prémio Nobel da Literatura (os três em 1998). 

José Saramago acumulou ainda doutoramentos Honoris Causa pelas universidades de Évora (Portugal), Turim (Itália), Sevilha e Castilla-La-Macha (Espanha), Brasília (Brasil) e Manchester (Inglaterra), foi membro Honoris Causa do Conselho do Instituto de Filosofia do Direito e de Estudos Histórico-Políticos da Universidade de Pisa (Itália), membro da Academia Universal das Culturas (Paris) e do Parlamento Internacional de Escritores (Estrasburgo) e membro correspondente da Academia Argentina das Letras, além de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago de Espada e Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas. 

Criador de um universo muito próprio, por vezes alojado entre o real e o fantástico, Saramago acreditava, à semelhança de Laurence Sterne, que talvez intercetasse pensamentos que os céus destinavam a outros homens. 
Lusa
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)