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31 de mai. de 2010

nóvas histórias coméçam hj a noite bjusss déa

aguardemmm tds que entrarem no blog vão adorar este novo recomeço da andreaavíão  bjuss mill déa

a ppartir de hj contarei histórias reais misturadas com imaginação:déa

nova cara do blog somentesonhos de umamulher a partir de hj vcs que me visitam ou visitarem irão ler historias reias + misturadas com um pouco de imaginação e olhem tds élas aconteceram e ainda acontecem só  escreverei coisas e fatos reais bjuss mill déaavíão

29 de mai. de 2010

A GT SE ACOSTUMA:

A GENTE SE ACOSTUMA
Marina Colassanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto. 
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma. 

A PORTA DO LADO: DÉA

A PORTA DO LADOPor Dráuzio Varella

         Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a
 gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos
 que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos
 mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.

         E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida  da gente...

         É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na
 garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de
 simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua
 vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

         Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a
 abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de
 algumas pessoas melhor, e de outras, pior.

         Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos,
 mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes.

         Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para
 eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor
 diferença.

         O que não falta neste mundo é gente que se acha o último
 biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca
 ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga 
e não deixam barato.

         Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente.
O mundo versus eles.

         Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também.
 É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema
 solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser
 resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido
 de desculpas, um deixar barato.

         Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero, vinte e quatro
 horas têm sido pouco prá tudo o que eu tenho que fazer, então não vou
 perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.

         Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e
 gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a
 "porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato.

         Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do
 bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros
 dá errado."

         Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não
 estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia.
 Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto,
 sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A "Porta do  lado" pode ser uma boa entrada ou uma boa saída... Experimente!

AMIZADES

Amigo ou inimigo ?

Amigo ou inimigo?
Fica difícil dizer.
Quem sabe o que possa
Ele esconder?
 
À avaliação é duvidosa,
E carece de confirmação,
A aparência é enganosa
Induzindo à confusão.
 
Qual será efetivamente
O conceito que deva ter
De quem firmemente
Alega o que diz ser?
 
Somente a experiência
Poderá isso resolver,
Pois a convivência
Tudo irá esclarecer.
 
Espero que o resultado
Seja aquele esperado,
E que o ser testado
Possa, de fato,  ser
O amigo desejado.

 
 

Roberto Fraga
Publicado no Recanto das Letras em 29/05/2010
Código do texto: T2287298

23 de mai. de 2010

dialogo para um grande amigo que acho que perdi a poucos dias e eu o adoro tanto luís amigo virtual de 3 anos ja :dea

Diálogo
Minhas palavras são a metade de um diálogo
obscuro continuando através de séculos impossíveis.

Agora compreendo o sentido e a ressonância
que também trazes de tão longe em tua voz.

Nossas perguntas e resposta se reconhecem
como os olhos dentro dos espelhos.

Olhos que choraram. Conversamos dos dois extremos da noite,
como de praias opostas. Mas com uma voz que não se importa...

E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.
Mas um mar sem viagens.
Autor: Cecília Meireles

20 de mai. de 2010

Aprendi... que.......:

Aprendi…
Aprendi que a cada erro tem de existir um recomeço,
Uma caminhada,
Um luto,
Um vazio que nos leva ao nada!
Aprendi que um sim, às vezes é não,
Que uma espera pode conduzir-nos a um abismo maior,
Que chorar não é fraqueza,
Que não exprimir não significa não sentir!
Aprendi que o tempo significa o valor que lhe damos,
Que os momentos,
São pedaços de uma história que tentamos colorir,
Aprendi que as vitórias e as derrotas,
Dependem do tempo e circunstâncias que vivenciamos,
Do esforço que acreditamos investir na nossa existência.
Aprendi que amar, acreditar e lutar
Fazem sentido quando vivenciados a dois,
Quando amar é conjugado no mesmo plural.
Aprendi que uma força isolada não consegue mover o universo,
Que apenas forças unidas para o mesmo objectivo
Conseguem mover as montanhas da falta de tempo, dos medos, das angústias…
Aprendi que acreditar em algo torna-nos capazes de superarmos todos os embates,
Que não é a dor que nos dilacera,
Mas sim a falta de sonhos, a falta de rumo…
Aprendi que podemos criar todas as oportunidades,
Podemos transpor as barreiras que nos achávamos incapazes de vencer,
Mas se nos tiram a “estrela” que nos guia,
Ficamos na escuridão da solidão …
Hoje aprendi que não posso sentir pelos outros…
Não posso lutar em nome dos outros…
Não posso exigir nada de ninguém…
Não é a tristeza que me magoa…
Nem o sabor amargo da incapacidade de superar o impossível…
O que me anestesia é a insensibilidade em que estou,
E o vazio dos sonhos que perdi…
É saber que vou ter de esquecer…
É saber que a vida vai continuar e tudo ficou como uma miragem…
Aprendi que a vida não é uma colecção de fotos felizes…
E que nem todas as histórias tem o final “e foram felizes para sempre”...
(Sim eu ainda gostava de acreditar nessas histórias…)

26/11/2009
18:26h


Diana Gomes