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3 de jul. de 2010



Ainda não sei quem sou, mas sei o que ainda não consegui ser. Amante da música e da boa leitura, admiradora da natureza e de todos os astros que brilham lá no céu, vou vivendo sem a preocupação de descobrir quem sou, procurando usar a intuição, pois a razão e a lógica já não me são satisfatórias. Não sou um filósofa, muito menos um escritora. O questionamento da razão me levou a procurar a lógica de todas as coisas, fez com que me apaixonasse pela filosofia, identificando-me com o mundo das idéias, quando percebi que meu pensar, provinha de uma lógica que até então não conhecia. O sistema em que estou subordinada a viver, foge a minha razão, fazendo-me questionar os porquês de um mundo incompatível com minha visão e a forma de viver. A realidade que não consigo enxergar, traz a ilusão de estar avançando no tempo, em direção contrária a toda ideologia evolutiva, não conseguindo atravessar as barreiras da ignorância, que me prende a leis e costumes ditados pelo homem que as  governa, manipulando as consciências e infiltrando suas idéias no pensamento alheio. Sou aquela que procura a verdade, um ser que não se cansa de pensar, procurando entender o que sou, e não quem sou. A verdade que foge da lógica e da razão de viver, faz com que eu pense profundamente sobre o sentido real da existência, tentando libertar-me da matriz que tenta atrofiar a minha consciência. Não sei se vivo ou se apenas existo. Usando a intuição, faço com que eu tenha um pensamento que penetra no mundo das idéias, quando tento observar a mim mesma, tendo uma visão externa de onde posso enxergar a matéria tangível que anima meu corpo. O espaço tempo que separa o mundo material do mundo inteligível, em que a linha que os separa, posso chamar de morte carnal, faz pensar-me em que a mesma, também é uma ilusão. As idéias sobrevivem enquanto minha consciência faz de mim, um ser pensante, que sempre serei enquanto possuir tal, enquanto conseguir olhar para si mesmo.
  • "Sem arte e poesia não se tem alegria"

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