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23 de mar. de 2011

Pedras,Paulo Alvarenga e Adriana Leal/DEA


Pedras Enquanto soprava seus cabelos, o oceano cantou uma canção em meus ouvidos... Tudo é possível, no impossível deste mar infinito, Sou eu envolvido nos olhos que me enfeitiçaram! deitado na pedra por mim passaram... Luar que me carrega, devolva minha luz, Mar que transborda,faça minha voz chegar até meu amor... Esse mar, que impassível sem pressa, Lambe as pedras onde nos amamos, E banha o suor e o leite... Nessa manhã suave e quente de verão, retornamos... Orquestra sobre ondas, gaivotas sobrevoam, este mar que ruge pela proa... vento vem nos acordar, com esse ar quente que voa pelo ar, emite sons de violinos em Berlim... sussurrando contos eróticos no jardim da poesia, nos leva por essas ondas de magia... Nesse amor crepuscular, amor diferente, Amor ardente, dilacerado no seu calar... Só o som pode tocar... Nas águas desse mar de amor, Na pedra que você deixou...
Paulo Alvarenga e Adriana Leal

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