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8 de set. de 2011

Desencontros e Encontros..../DEA

Desencontros e Encontros

Sou a dualidade em pessoa. Não é incongruência ou fraqueza de idéias, tenho certeza das coisas que sinto, e procuro conciliar os sentimentos ambíguos. Há em mim, características que se opõem, mas coexistem. A habilidade de observar o mundo por dois lados é um aspecto do universo feminino, principalmente depois que a mulher passou a agir como um ser pensante, onde aliou sensibilidade e inteligência. Eu pareço ter aguçado ainda mais esta peculiaridade. Que nem uma adolescente que vive em conflitos, eu vivo em guerra com a emoção e a razão. Sou consciente e racional, procuro a clareza das coisas, gosto de explicação pra tudo. Ao mesmo tempo, sou idealista e romântica, acredito em utopias, vivo com emoções a flor da pele. Se por vezes sou fria, critica e direta, por outras sou maleável, enfeito e adoço. Tenho segurança ao me expressar e incerteza nas relações. Odeio ser posta a prova, mas sou fã de uma discussão. Em situações novas, posso tornar-me extrovertida para perder timidez, disparo a máquina de falar pra disfarçar a insegurança.

Odeio opiniões formadas. Nossas convicções são geradas pelos momentos vividos. Não é que as promessas anteriores, as crenças, as juras de amor, tenham sido ditas de maneira falsa, não foram, sou sincera demais. Todavia, verdades de ontem podem não servir pro hoje. Costumo cumprir o que prometo e ser fiel às minhas crenças, mas não vou dizer que nunca tenha mudado de opinião. Dizem que sou contraditória. Porém, me acho mais complexa do que paradoxal. Não é por falta de personalidade que por vezes mudo alguns conceitos. É por aprendizado, vivência, evolução. Em essência, não mudo. Contudo, acredito que seja importante para o amadurecimento aceitar novas condições, ver o mundo com olhares cada vez mais amplos e claros. É bom aprender. Ser previsível e sempre sensato é sinal de que não se está vivendo. O passar do tempo, a lida com outras pessoas, as atividades realizadas, tudo isso nos empurra para mutações. Sou demasiadamente humana. Erro. Perco-me. E é dessa forma que aprendo. E me encontro.

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