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26 de mar. de 2011

Paulistana de verão /DEA



Paulistana de verão

branca
segura a saia
surpreendente e mínima
como quem não
se sabe mostrar

no calor
desacostumada
insegura
atravessa a rua
revela-se quase
sem querer

beleza ZL
descolada
fingida pedra
desce da penha
retrô querendo-se moderna

o vento
leva-lhe a quase
saia
e vê-se a jóia
surpresa lapidada

que desaparece na boca quente
do metrô ,

    Ela era linda e loira
    e me visitava às tardes.
    Fumava maconha
    contra a minha vontade.

    E eu, careta,
    chapava.

    Era só larica,
    na sua malícia,
    irracional
    idade.

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