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21 de fev. de 2011

O Silêncio,Eugénio de Andrade/DEA


Eugénio de Andrade

O Silêncio


Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,


e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,


quando azuis irrompem
os teus olhos


e procuram
nos meus navegação segura,


é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,


pelo silêncio fascinadas

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