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2 de nov. de 2009

TRISTE HISTORIA DO CACHORRINHO


PRIMEIRO QUERIA DIZER QUE O TEXTO NAO EH MEU...POREM QUANDO LI ACHEI QUE FOI UM DOS MELHORES TEXTOS QUE JA LI NA VIDAA...CONSEGUI SENTIR A TRISTEZA DO CAOZINHO APENAS LENDO E ME EMOCIONEI...QUEM O FEZ MERECE PALMAS AFINAL NAO EH SEMPRE Q CONSEGUIMOS SENTIR A DOR DO PERSONAGEM...LINDO E TRISTEE ...
1ª semana: Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo !
1 mês: A Minha mãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar !
2 meses: Hoje separaram-me da minha mãe. Ela estava muito irrequieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova "família humana" cuide tão bem de mim como ela o fez.
4 meses: Cresci rápido, tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como irmãozinhos ". Somos muito brincalhões, eles puxam-me o rabo e eu mordo-os na brincadeira.
5 meses: Hoje deram-me uma bronca. A minha dona ficou incomodada porque fiz xixi dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para aguentar.
8 meses: Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido... Acho que a minha família humana me ama e me dá muitas coisas. O pátio é todinho para mim e, às vezes, excedo-me, cavando na terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam... Deve ser correcto tudo o que faço.
12 meses: Hoje completo um ano. Sou um cão adulto. Os meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim.
13 meses: Hoje acorrentaram-me e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está a acontecer.
15 meses: Já nada é igual... moro na varanda. Sinto-me muito só. A Minha família já não me quer! Às vezes esquecem-se que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho teto que me abrigue...
16 meses: Hoje tiraram-me da varanda. Estou certo de que a minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. O meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear!! Dirigimo-nos para a estrada e, de repente, pararam o automóvel. Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos o nosso dia no campo. Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. "Ouçam, esperem!" Ladrei...... esqueceram-se de mim....... Corri atrás do carro com todas as minhas forcas. A minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam. Haviam-me esquecido !
17 meses: Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou só e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu agradeço-lhes com o meu olhar, desde o fundo da minha alma. Eu gostaria que me adotassem: seria leal como ninguém! Mas apenas dizem: " pobre cãozinho, deve ter-se perdido."
18 meses: Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como os meus " irmãozinhos " aproximei-me e um grupo-me deles, rindo, atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria". Uma dessas pedras, feriu-me o olho e desde então, não vejo com ele.
19 meses: Parece mentira. Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas mostram-me a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.
20 meses: Quase não posso mexer-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um acertou-me! Eu estava no lugar seguro chamado "calçada ", mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Oxalá me tivesse matado! Mas só me deslocou as patas traseiras! A dor é terrível! As minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do caminho.
Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal, fiquei num lugar húmido e parece que até o meu pêlo está a cair... Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: "não te chegues perto". Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz fez-me reagir. "Pobre cãozinho, olha como te deixaram ", dizia... com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: "Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio. É melhor que pare de sofrer". A gentil senhora, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injecção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria...
O ABANDONO É CRIME!

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