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22 de nov. de 2009

NÃO RETORNO:

Não-Retorno




 
    Vou-me esvaziando com o que se vai sumindo da vida. Alguns adoecem, outros partem voluntária ou irremediavelmente. Mesmo se não os amo incondicionalmente, fica-me a saudade do que foi, como a recordação do brinquedo que se estropiou, apesar mesmo de ter caído em desuso, a angústia do não-retorno tomba bruma sobre mim, e sem lágrimas, choro os pedaços de lembrança, idos no escoar das águas ao longo dos renques de salgueiros, que  perdem a folhagem, e comigo envelhecem.
    

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