Eugênio de Andrade
Tu eras neve.
Branca neve acariciada.
Lágrima e jasmim
no limiar da nadrugada.
Tu eras água.
Água do mar se te beijava
Alta tôrre, alma, navio,
adeus que não começa nem acaba.
Eras o fruto
nos meus dedos a tremer.
Podíamos cantar
ou voar, podíamos morrer.
Mas do nome
que maio decorou,
nem a côr
nem o gôsto me ficou.
0 comentários:
Postar um comentário