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11 de nov. de 2009

ALGUEM SABE O QUE É SAUDADES? SE SIM POR FAVOR POSTEM RESPOSTAS POIS É GRANDE MINHAS SAUDADES DE ALGUEM MT ESPECIAL PRA MIM:


O segredo da amizade
Eram dois amigos e pareciam ter a mesma alma. Tudo era comum a ambos: tristezas e alegrias. Eram inseparáveis.

Um dia começaram a observar, com olhos críticos, um ao outro. Nessa mútua observação, perceberam quantos defeitos havia no outro e resolveram, intimamente, sem nada externar, moldar o caráter do outro pela forma do seu próprio.

Passado algum tempo, um certo resfriamento começou naquela amizade. De início, eles nem perceberam. Entretanto, quando um deles perdeu um ente querido, o outro não se fez presente, em solidariedade. E o outro, no seu aniversário, não recebeu o abraço do amigo.

Certo dia, se encontraram em uma praça e confessaram mutuamente como estranhavam o que lhes estava acontecendo. Com certeza, disseram, era a inveja alheia que havia destruído o sentimento que nutriam.

O Pastor Espiritual da cidade foi consultado a respeito e convidou-os a um passeio. Era um dia quente e o sol queimava.

Depois de andarem muito, sedentos e exaustos, encontraram uma limeira. Seus frutos saborosos dessedentaram os amigos e a sombra os reconfortou.

O Pastor olhou para a árvore e disse: Esta árvore tem bons frutos, mas se a podássemos poderia produzir muito mais. Os galhos poderiam ser redirecionados, poderíamos libertá-la dos parasitas.

Com esse intuito, os dois amigos compareceram no dia seguinte e realizaram a poda, de tal forma que ela ficou quase desnuda.

Passados uns dias, o Pastor tornou a convidar ambos para o mesmo passeio. Chegados ao pé da limeira, novamente sedentos e exaustos, observaram que nela não havia nenhum fruto e bem rala era a sombra que podia oferecer, pois possuía somente diminutas folhas.

Descontentes, falaram os amigos: Como fomos tolos podando esta árvore. Destruímos os seus frutos e a sombra amena, que nos reconfortou no outro dia.

Foi então que o Pastor os olhou e disse: O que fizeram com esta árvore é o que fizeram com a sua amizade. Cada um quis modificar o outro e então perderam todo o encanto do afeto que os ligava. Mataram, com podas improdutivas, a árvore da amizade que tinham plantado no coração.

E finalmente completou:

Todo sentimento necessita, para que não pereça, ter como base a tolerância e o respeito.

Não queiramos modificar a outrem. Aceitemos as criaturas como são. Assim procedendo, haveremos de encontrar sempre em seus corações, apesar dos defeitos, frutos saborosos e doces e sombra amiga.

* * *

A amizade é árvore que, para produzir, necessita ser plantada e cuidada com esmero.

Se colocarmos em nossas ligações afetivas o sal do amor, teremos sempre presente no prato da fraternidade o verdadeiro paladar cristão.



Autor:
Redação do Momento Espírita, com base no cap. O segredo de uma sólida amizade, do livro A canção do destino, por Espíritos diversos, psicografia de Dolores Bacelar, ed. Correio Fraterno do ABC e no verbete Amor do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Som de Fundo:
O sentido das palavras
Um homem doou uma moeda de prata a quatro pessoas. Uma delas, um persa, disse:

Com esta moeda, quero comprar angur.

O segundo, um árabe, exclamou:

Que insensato, não vamos comprar angur. Vamos comprar inab.

O terceiro era turco e disse:

Esta moeda é minha também e não quero nem inab, nem angur. Quero uzum.

O quarto, um grego, não se conformou:

Calem-se todos. Com esta moeda compraremos isratil.

Começaram a brigar entre eles porque ignoravam o verdadeiro sentido das palavras.

Esbofetearam-se, insultaram-se, até que chegou ali um homem sábio e que conhecia muitas línguas.

Ele lhes disse:

Dêem-me esta moeda e confiem em mim. Com ela comprarei algo que satisfará a todos vocês.

Sem opção melhor, eles lhe entregaram a moeda. O homem sábio foi ao mercado. Com a moeda comprou uma boa porção de uvas que entregou aos quatro briguentos.

Todos ficaram satisfeitos vendo seu próprio desejo realizado.

Ignorantes, eles não sabiam que todos desejavam a mesma coisa.

Angur, inab, isratil e uzum significam uva, nesses idiomas.

* * *

Tantas vezes, na vida, estabelecemos disputas por não entender corretamente o que o outro diz.

Diga-se, em vez de tornarmos a perguntar, para melhor compreender, reagimos de imediato, criando desentendimentos.

A palavra é instrumento da vida para vestir as idéias e as exteriorizar com clareza.

Nem sempre, contudo, somos felizes na sua utilização.

Por isso, a palavra tem sido, ao longo dos séculos, fomentadora de desacordos, desavenças.

Dentro do lar, pensemos quantas vezes a utilizamos de forma indevida.

No trato com companheiros de trabalho, quanta vez nos temos servido dela para fomentar intrigas...

O que deveria ser aplicado de forma edificante, para levantar o mundo, enriquecer a vida com belezas, é ensejador de mal-estares.

Não foi por outra razão que o sábio Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, prescreveu que nos deveríamos entender a respeito do real significado das palavras.

No trato com o semelhante, pois, sejamos mais pacientes, ouvindo melhor e falando de forma adequada.

Utilizemos palavras sem duplo sentido, que possam ensejar maus entendimentos.

Não utilizemos palavras grotescas para denominar situações e coisas, se outras existem, que melhor expressem o que desejamos dizer.

A palavra também carrega a vibração dos sentimentos com que a pronunciamos e atinge de forma feliz ou infeliz, o nosso interlocutor.

Pensemos neste imenso tesouro que se chama palavra e nos sirvamos dela com sabedoria.

Entendamo-nos a respeito do verdadeiro significado das palavras.

Enriqueçamos os nossos clichês mentais com palavras edificantes.

Não sejamos impacientes se preciso for repetir as nossas afirmações, mais de uma vez.

Carreguemos de otimismo todas nossas expressões verbais, criando sempre uma psicosfera de bem estar a quem nos ouve.

Ao transmitir ordens, façamo-lo de forma clara.

Ao expressar nossos pensamentos, quando algo deva ser decidido, ofereçamos a lucidez do verbo.

Lembremos que somos responsáveis por toda palavra que saia de nossa boca, favorecendo ou infelicitando aquele a quem é dirigida.

Pensemos antes de falar a fim de nos expressarmos de forma precisa, evitando criar dissabores.

Utilizemos, enfim, a palavra para melhor viver e conviver com a imensa família humana, que começa em nosso lar e se alonga pelo mundo afora.



Autor:
Redação do Momento Espírita, com base em conto da tradição sufi e no cap. 9, do livro Alerta, do Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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