Sabes!...
Espero que digas que sim
À carta que não te enviarei nunca
Sabes,
Receio que não compreendas ou que te faças desentendida
Aos sinais que te lanço nesta confissão contida
Imagino que não saibas
Mas ardo numa louca ansiedade
Tão louca quanto a minha paixão tardia
E se me olhas, se me vês, homem maduro tonto!
Não sabes quão jovem o meu coração se sente
Como o amor altera a tonalidade dos dias!...
Como a esperança pode ser luz encandeada de ilusão!...
Sei que não me imaginas
Que não divisas outro horizonte que não o teu
Sei isso tudo e isso tudo renego
Esperançado que o meu sorriso
Se torne o dardo do cupido
A encaminhar-te para mim
Tal como eu estou encantado por ti
Sabes,
Devia guardar segredo
Abafar na alma este supremo enlevo
Mas se não desabafasse
Como conseguirias adivinhar tal amor?
Como poderias decifrar além dos “olá” de circunstância
Que há um “amo-te” fogoso
Prestes a saltar das cordas da minha garganta
Ah, mas tu não sabes
Possivelmente nunca saberás
Porque não queres saber
E possivelmente eu nunca te direi
O que talvez gostasses de escutar
Imagina…
É só um passo o que nos está a separar.
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