Vida fácil (Para M., que em Paris me contou como pagava as contas)
Uma vagina eloqüente divaga Enquanto o visitante mutante Nela desopila sua bílis Sem se ater às consequências Desse vômito intra-muros.
Essa vagina espasmódica recita Um verso cadente enquanto oprime Candente a vontade de escapar Gritando do punhal que sem descanso E com premura dilacera sem pena A solidão de sua mais íntima caverna.
É o coito grita a bílis satisfeita É a glória geme o visitante num delírio É a raiva se defende a vagina apunhalada É a foda é uma foda essa trepada Sem descanso sem vontade sem querer sem desejo sem tesão nem poesia. É a vida é a vida. É árida essa vida Essa ávida vida ou você duvida?.
"Cem dólares, não, não menos E por trás é mais, e na boca Apenas a metade, e, sim, Primeiro a grana, que quero Ser fodida apenas uma vez Que não sou boba, e que isto E que o outro, e se pensa que Uma trepada fácil é fácil não É não é difícil mais difícil Tão difícil como estar casada Com o freguês que na semana Apenas uma vez e de graça cospe os seus fracassos na vagina da qual é arrendatário senhor e proprietário".
Vida fácil? Aqui, ooooo!!!!! |
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