A Tristeza que saiu das páginas! |
Escrito por Paula Daniele Moraes Freitas |
Sex, 18 de Junho de 2010 11:30 |
Hoje eu acordei triste, não sei se o mundo assim ficou também, mas saí pelas ruas enquanto uma chuva fina caía do céu com meus pensamentos enlouquecidos. O nó na gargante era insistente, as lágrimas ameaçavam cair, o coração doía e os pés levavam o meu corpo pelo caminho certo mas onde a minha cabeça não conseguia prestar atenção. Os tristes pensamentos insistiam em me perguntar algo no qual eu não sabia responder, e mesmo que soubesse não teria forças para tal.
- Por que ele morreu? Por que ele morreu?
Dos meus pensamentos eram somente essas palavras que eu ouvia minha própria voz apesar da minha boca lacrada perguntar. Foi então que a chuva se misturou com lágrimas, o nó na garganta resolveu pular pra fora e a minha boca se abriu precisando respirar em desespero porém, os pensamentos continuavam me fazendo a mesma pergunta insistente que talvez a ausência de uma resposta possa ser menos doloroso.
O meu coração dói muito ao mesmo tempo em que minha mente tenta se conformar, eu não sei até quando ficarei assim, mas com certeza algo em mim ficará incompleto sem a certeza de que ele vai escrever pra mim novamente, de que toda semana eu teria um texto lindo e atualizado para me deleitar, sem ter a chance de ser feliz com coisas que talvez o resto do mundo nem se importe mas que valem como verdadeiros tesouros para mim. Tudo que posso dizer além da dor é que estou muito triste, triste em saber que você não vai voltar pra mim, triste em saber que a morte roubou de mim a importância de te conhecer!
Aquilo que foi escrito e automaticamente lido com os olhos talvez uma borracha possa apagar do papel, o fogo possa queimá-lo levando os escritos juntos com a memória mas, também existe aquilo que é lido com o coração que é uma morada eterna de tudo o que verdadeiramente amamos, e é lá que guardo cada uma de suas palavras até então lidas por mim, José Saramago.
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